E foi neste fim de semana que a minha Lídia se estreou no palco de uma peça profissional.
Que pode este pai dizer?
(Foto gamada no blog Fotografias à Solta)
Vão ver a minha menina, vá! Em cena no Teatro Experimental de Cascais.
2011-01-28
"It was twenty [five] years ago today..."
Eu estava acordado há quase quarenta horas: um exame no Técnico pela manhã tinha-me roubado a noite e o resto do dia tinha fugido por ali. Acabámos de jantar e preparei-me para dormir.
Aquilo era uma autêntica casinha de bonecas. Todas as noites o chão desaparecia quando se abria o sofá cama. Os pés tocavam o móvel onde tínhamos uma televisão minúscula, a preto e branco.
Tinha acabado de me deitar e olhava para a TV à espera de esquecer o cansaço para poder dormir. Ela passou por cima por cima de mim e levantou-se. E ficou ali: “Mô, acho que rebentaram as águas”.
Foi sair de casa e alertar a minha sogra. Lá fomos no velho carocha azul claro por toda a Marginal até ao Hospital de Cascais. Passei umas horas meio zonzo sentado num corredor de pedra, à espera de notícias. Até que uma médica me convenceu a ir para casa. “Ah isto o primeiro filho tem aqui espera para o dia todo. Vá para casa, durma, apareça amanhã pela hora de almoço. Vai precisar de estar fresco”. E lá voltámos, pela madrugada.
Não eram ainda nove da manhã quando a minha sogra me bateu à porta: “Já nasceu! Já nasceu! É uma menina!”
A bebé era pequena demais, estava vermelha demais, e era feia demais. “Não é tão linda e perfeitinha a nossa filha?”.
E eu, que nunca guardo memórias, lembro-me de tanta, mas tanta coisa desse dia.
Faz hoje 25 anos. Nós nem 20 tínhamos...
.
Eu estava acordado há quase quarenta horas: um exame no Técnico pela manhã tinha-me roubado a noite e o resto do dia tinha fugido por ali. Acabámos de jantar e preparei-me para dormir.
Aquilo era uma autêntica casinha de bonecas. Todas as noites o chão desaparecia quando se abria o sofá cama. Os pés tocavam o móvel onde tínhamos uma televisão minúscula, a preto e branco.
Tinha acabado de me deitar e olhava para a TV à espera de esquecer o cansaço para poder dormir. Ela passou por cima por cima de mim e levantou-se. E ficou ali: “Mô, acho que rebentaram as águas”.
Foi sair de casa e alertar a minha sogra. Lá fomos no velho carocha azul claro por toda a Marginal até ao Hospital de Cascais. Passei umas horas meio zonzo sentado num corredor de pedra, à espera de notícias. Até que uma médica me convenceu a ir para casa. “Ah isto o primeiro filho tem aqui espera para o dia todo. Vá para casa, durma, apareça amanhã pela hora de almoço. Vai precisar de estar fresco”. E lá voltámos, pela madrugada.
Não eram ainda nove da manhã quando a minha sogra me bateu à porta: “Já nasceu! Já nasceu! É uma menina!”
A bebé era pequena demais, estava vermelha demais, e era feia demais. “Não é tão linda e perfeitinha a nossa filha?”.
E eu, que nunca guardo memórias, lembro-me de tanta, mas tanta coisa desse dia.
Faz hoje 25 anos. Nós nem 20 tínhamos...
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